sábado, 20 de julho de 2013

É NECESSÁRIO INVESTIGAR CRITERIOSAMENTE OS ATOS DE VANDALISMO

É preciso muito cuidado, sobretudo por parte das autoridades, na hora de avaliar sobre os atos de vandalismo praticados por delinquentes oportunistas, nas manifestações que reivindicam políticas públicas e  maior (ou alguma) seriedade na atuação dos políticos. É necessário separar o joio do trigo com muito esmero e muita cautela, porque, em primeiro plano, penso que quem tem algo para reivindicar e quer os seus pleitos atendidos, não sai por aí depredando patrimônio público ou privado.  Perder a credibilidade, creio eu, é tudo o que os manifestantes - e falo manifestantes de verdade - não querem.  Isto voltaria a opinião pública contra eles, daria munição aos governos para tomarem atitudes duras e drásticas, e eu lhes garanto que quem se engaja na luta em que se engajaram aqueles jovens não quer que tais coisas aconteçam.
Oportunistas e provocadores há em toda parte, e a história bem sabe disto.  O "cabo" Anselmo (soldado de primeira classe confundido por um jornalista com cabo por suas divisas), por exemplo, é um caso antológico que o Brasil conheceu.  Sublevou a classe dos marinheiros a pretexto de obter melhores condições para a categoria, mas na verdade fora incumbido (dizem que pela Cia) de ajudar a desestabilizar o governo Jango, em decorrência do perfil esquerdista do presidente.
O "Jornal do Brasil", em um de seus últimos anos de existência, narrou que no período ditatorial um mercenário americano viera ao Brasil com três missões.  Uma delas não me vem à memória, mas as outras eram: explodir a catedral da Sé, em São Paulo, e o próprio Consulado Americano.  Finalidade: pressionar os militares brasileiros a serem ainda mais cruéis com os comunistas, os guerrilheiros e os mais radicais opositores do regime.  O mesmo objetivo tinha, segundo dizem,  o brigadeiro Miguel Burnier, que conforme algumas versões ordenara o Capitão Sérgio Carvalho a explodir o gasômetro do Rio de Janeiro, às dezoito horas, momento de pique de trabalhadores querendo voltar para casa, com o objetivo de que a culpa caísse sobre os ombros dos mesmos lutadores contrários à ditadura que citei, com o fito de justificar práticas ainda mais duras contra aqueles. 
Oportunistas, vândalos e marginais  surgem em todos os movimentos, pois são elementos que vivem do caos ou a ele são afeitos.  O próprio movimento dos sem-terra, no tempo em que foi mais atuante, contou com a participação de muitos desocupados, aventureiros, gente desempregada de todas as profissões e que nunca cultivara um pé de couve sequer.  Mas eram, repito, oportunistas.
Se há provocadores, gente encarregada de atos criminosos por alguma ou algumas pessoas ligadas a partidos ou governos, não se pode descartar que os governantes podem perfeitamente não ter conhecimento de quem seriam estes mandantes, da mesma forma como Gregório Fortunato atentou contra Carlos Lacerda sem o conhecimento de Getúlio Vargas.  Assim, não venho aqui acusar nenhum  político, autoridade ou mandatário, mas todos sabem muito bem que há eminências pardas que são mais realistas do que os reis e vão às raias da imundície e da perversidade para não verem ameaçadas as benesses que o trânsito dentro do poder lhes traz.
Gente ligada ao crime organizado também pode estar promovendo saques e destruições, obviamente com o intuito de desestabilizar a ordem sócio-política, porque se tornam fortes num clima de tumultos e confrontos entre o poder público e cidadãos, fazendo logicamente estes dois últimos enfraquecidos. 
Não podemos esquecer a existência dos vândalos inatos, que os são por excelência, e de ladrões independentes, que agem de moto próprio, sem a orientação de ninguém.
Assim, é preciso que sejam efetuadas mais prisões, que alguma medida de emergência seja tomada para que os depredadores e ladrões não sejam liberados pouco tempo após a detenção, para que sejam realizadas investigações mais acuradas sobre essas pessoas e deste modo os legítimos manifestantes não caiam no desgaste e no descrédito perante a opinião pública, porque isto só faria mal à própria sociedade como um todo.

Barão da Mata


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